Trump, Autoriza Ataque Cirúrgico ao Irã.

                                                                                                                                                                                             05/01/2020


Destroços de veículo em Bagdá após ataque aéreo que matou o general da Guarda Revolucionária Iraniana Prime Minister Press Office/AP

Ataque aéreo americano ordenado por Trump matou Qasem Suleimani, um dos homens mais poderosos do Irã.

Após o ataque americano cirúrgico aplicado pelos Estados Unidos o Irã, prometeu vingança.

Morto na sexta-feira Qassem Soleimani, o mais importante comandante militar de Teerã e arquiteto da crescente influência iraniana no Oriente Médio, após cirúrgico aplicado pelos Estados Unidos.

Soleimani, que chefiava a divisão do exterior da Guarda Revolucionária, era considerado a segunda figura mais poderosa do país, após o líder supremo aiatolá Ali Khamenei.

O ataque durante a noite, autorizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi uma grande escalada em uma “guerra nas sombras” no Oriente Médio entre o Irã e Estados Unidos e aliados norte-americanos, principalmente Israel e Arábia Saudita.

Uma autoridade de alto escalão do governo Trump disse que o general planejava ataques iminentes a representantes dos EUA em todo o Oriente Médio. Críticos democratas disseram que a ordem do presidente republicano foi imprudente e que ele aumentou o risco de mais violência em uma região perigosa.

“Soleimani estava planejando ataques iminentes e sinistros contra diplomatas e militares americanos, mas nós o pegamos no ato e terminamos isso”, disse Trump a jornalistas no resort de Mar-a-Lago, na Flórida.

“Agimos na noite passada para parar uma guerra. Não agimos para começar uma guerra.”

Trump afirmou que os EUA não buscam uma mudança de regime no Irã, mas que Teerã precisa acabar com o que chamou de agressão na região, incluindo o uso de combatentes por procuração.

Um importante general dos EUA alertou que os planos de Soleimani ainda podem ser executados, apesar de sua morte. Autoridades dos EUA disseram que Washington estava enviando cerca de 3.000 soldados a mais para o Oriente Médio, juntando-se aos cerca de 750 enviados ao Kuweit nesta semana.

O ataque, que também matou um importante comandante da milícia iraquiana e conselheiro de Soleimani, Abu Mahdi al-Muhandis, dividiu a opinião iraquiana.


Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, do jornalista José Luiz Datena, questionado sobre a possibilidade de a neutralização do general iraniano Qassem Soleimani gerar um desdobramento militar maior, Bolsonaro afirmou que “é muito difícil falar que possa haver conflito maior entre esses países”.